Esse ano completou 55 anos do Golpe Militar - Ocorrido em 31 de março de 64, ato que tirou o então presidente Jango do poder.
O que sei sobre o Golpe
Eu nasci em dezembro de 69 e tinha pouco acesso a notícias desse tipo, por isso não tinha entendimento se era bom ou ruim, vivia na alienação, assim como muitos da minha época, pois acredito que a tv não mostrava essas notícias, ou eu não prestava atenção em jornais, vivia no meu mundo sonhando com uma vida melhor e nas escolas esses assuntos não eram vistos com bons olhos.
Porém aos poucos fui entendendo o que se passava no Brasil, e sinceramente, a ditadura não foi boa.
Senta que a história é longa, mas claro que não vou postar tudo aqui, apenas um resumo.
O Regime militar foi o período da política brasileira em que militares conduziram o país.
Essa época ficou marcada na história do Brasil através da prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.
A Ditadura militar no Brasil teve seu início com o golpe militar de 31 de março de 1964, resultando no afastamento do Presidente da República, João Goulart, e tomando o poder o Marechal Castelo Branco. Este golpe de estado, caracterizado por personagens afinados como uma revolução instituiu no país uma ditadura militar, que durou até a eleição de Tancredo Neves em 1985. Os militares na época justificaram o golpe, sob a alegação de que havia uma ameaça comunista no país.
Golpe Militar de 1964
O Golpe Militar de 1964 marca uma série de eventos ocorridos em 31 de março de 1964 no Brasil, e que culminaram em um golpe de estado no dia 1 de abril de 1964. Esse golpe pôs fim ao governo do presidente João Goulart, também conhecido como Jango, que havia sido de forma democrática, eleito vice-presidente pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
Imediatamente após a tomada de poder pelos militares, foi estabelecido o AI-1. Com 11 artigos, o mesmo dava ao governo militar o poder de modificar a constituição, anular mandatos legislativos, interromper direitos políticos por 10 anos e demitir, colocar em disponibilidade ou aposentar compulsoriamente qualquer pessoa que fosse contra a segurança do país, o regime democrático e a probidade da administração pública, além de determinar eleições indiretas para a presidência da República.
Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.
A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil, de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.
Durante o regime militar, ocorreu um fortalecimento do poder central, sobretudo do poder Executivo, caracterizando um regime de exceção, pois o Executivo se atribuiu a função de legislar, em detrimento dos outros poderes estabelecidos pela Constituição de 1946. O Alto Comando das Forças Armadas passou a controlar a sucessão presidencial, indicando um candidato militar que era referendado pelo Congresso Nacional.
A liberdade de expressão e de organização era quase inexistente. Partidos políticos, sindicatos, agremiações estudantis e outras organizações representativas da sociedade foram suprimidas ou sofreram interferência do governo. Os meios de comunicação e as manifestações artísticas foram reprimidos pela censura. A década de 1960 iniciou também, um período de grandes transformações na economia do Brasil, de modernização da indústria e dos serviços, de concentração de renda, de abertura ao capital estrangeiro e do endividamento externo.
Nesse período de ditadura que durou de 64 a 85, surgiram as manifestações culturais contra a censura e a liberdade de expressão.
Abaixo um resumo sobre as manifestações.
A repressão oficial não impediu, no entanto, que os mais variados grupos sociais tenham se mobilizado em reação aos desmandos dos governos militares. Ao contrário, à medida que as censuras se aprofundavam, os movimentos de resistência se radicalizavam, o que pode ser evidenciado na Passeata dos Cem Mil e no crescimento de grupos subversivos armados.
As mobilizações contra o Regime Militar não se limitaram ao espaço das passeatas e das organizações paramilitares. Os jornais, por exemplo, foram amplamente utilizados como veículo de denúncia dos autoritarismos governamentais. A despeito da censura oficial, publicações como o Pasquim se valeram das “letras” para atacar, quase sempre metaforicamente, tais desmandos.
No teatro, muitas apresentações continham um forte teor revolucionário. Nos palcos do Opinião, Oficina e Arena, espetáculos eram montados em represália ao conservadorismo social e ao limites políticos da época. O CPC (Centro Popular de Cultura), ligado à UNE (União Nacional dos Estudantes), partilhava das ideias de Bertolt Brecht, que entendia o teatro como uma “importante arma de combate político”. Com a outorga do AI-5, muitas companhias de teatro foram extintas, o que não invalidou, porém, a força combativa dessas encenações.
Em relação ao cinema, boa parte das produções era realizada pelos artistas do Cinema Novo. O movimento, que sempre teve nas reflexões sobre a identidade nacional brasileira uma preocupação basilar, possuía agora no engajamento político e na luta pela democracia suas mais importantes inquietações. Concomitantemente, o Cinema Marginal, forjado ainda na década de 60, assumiu a vanguarda cinematográfica no país, possuindo papel fundamental na conscientização política acerca da dura realidade brasileira.
O tropicalismo
Os anos 60 e 70 vivenciaram o esplendor da produção musical no Brasil. Compositores e cantores como Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Chico Buarque, Caetano Veloso e Gilberto Gil elevaram o cenário da música nacional a níveis de criatividade raramente experimentados. Boa parte dessa produção foi motivada pela combativa resistência à repressão militar, que então cerceava, através dos meios mais perversos, as liberdades artísticas.
O Tropicalismo foi certamente um dos movimentos mais representativos desse período. Engajados no duplo propósito de se posicionar criticamente à Ditadura e de pensar a formação de uma identidade nacional, os tropicalistas se sobressaíram ao defenderem a importância do intercâmbio com as demais culturas do mundo. Deste modo, se por um lado se posicionavam criticamente ao “imperialismo econômico norte-americano”, por outro se utilizavam da “estrangeira” guitarra elétrica e de outros influências do Rock’n Roll.
Nenhum comentário:
Postar um comentário