22 de julho de 2019

As horas do Amor





A solidão não se cansa
São instantes saltitantes
Que dançam sobre as fontes
E os olhos que antes piscavam
Agora vêem dias riscados

Já é meia noite
E a noite vem cheia
Passeia e esconde
Entre as nuvens.
Minhas ansiedades
E não sei se está tarde

Das levesas da vida
A natureza ainda me enfeitiça
Perco minhas horas
Admirando a aurora
Em seu crepitar no céu

Agora me dizem que estamos em crises
Nos falta o sorriso
Nos falta a sensibilidade
Ficam as lágrimas
Nessa nossa metade

Já é quase natal
E os sinos batem as horas
E quando já se ver
Chega o carnaval

Não esqueça a gentileza
Pendurada nos varais
Entre as horas marcadas
Fim de tarde é que mais dói
É onde a saudade tem hora e lugar
Pra se visitar

Ao terminar o dia
Toma um café comigo
Dizem que no fim tudo dar certo
Até um beijo
Entregue de surpresa
Mesmo que seja só cortesia
Eu diria ser o começo
De uma longa noite

Claudeth (Clausynha Santos)

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