Dos sentimentos inadiáveis

Existem sentimentos que não curam com remédios, não foram feitos e nem providenciados na loja da esquina, não foram criados em laboratórios, não morrem com um simples desejo de apagar.
Eles tem diagnósticos, tratamento, é  como uma obra de arte, com o tempo é restaurada, para o bem e outras para o mal.

Alguns sentimentos não são como café, não vem em máquinas de expressos, é preciso degustar o sabor e o prazer que ele oferece, é como criar uma flor no jardim, cuidar dela mesmo quando ela não quer ser cuidada, é como abrir uma caixa de presente, e não saber o que vai encontrar.
Sentimentos são como caixa de maribondos, as vezes podem matar.

Eu desejei saber como era o sabor do teu beijo
Desejei saber se era capaz de amar
Qual a altura do seu voo, e se eu poderia alcançar.
Haja sentimento, haja querer, e haja vontade de esquecer

Eu me sinto uma velejadora descobrindo os 7 mares,
Sem pertencer a algum lugar, ou estiar alguma bandeira
Sou de ninguém, de nenhum mundo
Não aprendi a me apegar, naquilo que pode escapar das minhas mãos
Se eu não for capar de segurar, eu  não posso me cobrar.

Será que amar se aprende nos livros também?
Queria ser como os poetas, que são livre no amor, que escrevem coisas belas porque nas mãos de um escritor, tudo pode ser dito, até palavras não ditas.

Sentimentos são como o ranger da pele, quando algo acorda dentro de você, em busca do sentido, mesmo que seja no fim da esquina ou no fim do mundo, mesmo que seja perigo.
Já aprendi que o amor, é conveniente, a quem sente e a quem dá, é uma troca de energia, como a lua troca de luar.

Eu podia apertar um botão para silenciar meus pensamentos
Mas não sei onde ele fica.
Não sei onde começou, não sei onde vai parar.
O silencio é vida
Quando uma mente barulhenta
Não para de ansiar

São 5 da manhã e sinto aflorar os mais intensos sentimentos
Alguns não consigo me libertar
O que não tem remédio,
E nem fé,
Um dia irá me devorar

(Claudeth  em 16 de julho de 2019)