A sala de controle das emoções

 Eu era a menininha na sala de controle,

Descobrindo para que servia todo aquele sentimento que ali vivia.

Entre botões e luzes que piscavam, cada emoção era um fio a ser tecido,

Cada suspiro, um sinal a decifrar.

Nos circuitos do coração, eu navegava,

Explorando o labirinto de paixões e dor,

Aprendendo a ser mestra dos meus próprios sentimentos,

Na dança das marés emocionais.

Assim, entre o pulsar do amor e o eco da solidão,

Eu me tornava a guardiã dos segredos do coração,

Descobrindo, na sala de controle da alma,

O poder e a beleza de sentir intensamente.

Filme Grandes hits

 Grandes hits 

Só assistindo para entender esse amor atemporal através das músicas clássicas ouvidas na vitrola. 

Uma jovem que viaja no tempo quando ouve as músicas que lembravam o namorado que morreu em um acidente.

Não é fúnebre e melancólico.

Romântico talvez..

Tem na Star "

No labirinto

 Deve ser loucura 

Olhar e não enxergar 

Fazer críticas sem saber 

O que há...

Entrar no labirinto do minotauro 

E voltar de lá...

Peregrinar nas sombras 

E flutuar 

Meia culpa 

Dormir no sofá 

Acordar sem saber 

Se o sol 

Vai voltar

Deve ser loucura

Se jogar às cegas 

Ao mar 

Já dizia uma frase: 

Quem dança, 

Leva a banda.

Eu trago é a orquestra inteira 

Pra te ver passar..

Dos tempos das incertezas

 Um domingo 

Um vento 

Um frio

Um sentimento 

Uma menina ao relento 

Que se deita na calçada vazia 

E observa o tempo 

Como se pudesse parar o relógio a todo momento 

O dia, a hora, o intervalo, a pressa, a vida dentro da fotografia.

Let It be, 

Let It be,

Por onde anda aquela menina 

Que saiu no tempo dela 

E não mais retornou. 

 

Tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo (Frase do meu amigo Will)

No mundo inteiro

no interior

no exterior

Na metade

no meio

no fim da tarde...

Tem tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo 

Nós também estamos acontecendo...

O Universo é uma harmonia de contrários, Pitágoras sabia onde estava pisando.

Li no horoscopo que entramos na temporada sagitariana

Observei o calor noturno

diurno / matutino / infernizado

Daria para fazer uma revolução solar..

Então me veio aqueles velhos dilemas...

Onde estou 

Quem sou eu 

O que faço aqui.

As famosas crises existenciais..

Hahahaha

Em algum momento da vida todo mundo vai fazer essas perguntas a si mesmos.

Caso persista, vá ao psicólogo. 

Com tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, as paranoias existenciais repousam no limbo das perguntas sem respostas, negligenciadas.

Atropeladas pelo caos urbano, tempestades apocalípticas, buraco no sol. 

Eu disse buraco no sol, eu não disse, foi a Nasa. nada me impressiona mais do que aquela bola de fogo enorme, suspensa no ar...como se fosse entrar em erupção a qualquer momento. 

Heráclito dizia  que nada é permanente exceto a mudança...

Muita coisa acontecendo

Ao mesmo tempo.

To presa na fila dos que não entregaram nenhuma programação nessa temporada frenética.

Estava eu, aleatoriamente em busca do oraculo de Sócrates : 'Conhece-te a te mesmo'.

Por mais profunda que seja essa frase, ela gira como uma bola de neve dentro do peito,

e eu a coloco no limbo, onde ficam as frases mais profundas  e inquietas do ser humano.

Esses dias roubamos manga da árvore que floresce na rua sem nome. Era doce.

Mesmo assim, ainda me questionarei sempre.

Há salvação para a humanidade?  

Tiro ou deixo no limbo? 

Na superfície

 

Crônica do Tempo

Tinha dias em que seus olhos brilhavam
Mais que a luz do sol ao meio-dia,
E cada notícia vinha envolta em vinho e poesia,
Para aliviar o fardo que parecia mais leve do que era.

Sorriso amarelado pelo cigarro diário,
Lábios ressecados pelo tempo implacável,
Não havia escolha além de viver os dias que restavam,
Para atravessar o caos que se apresentava.

Era preciso o café e a filosofia como companhia,
A sensação era de estar partindo há tempos,
Com o sentimento de nunca ter vivido
Um momento de loucura ou estupidez qualquer,
Exceto pela embriaguez de amar uma vez e nunca mais.

Hoje, vagueia-se à deriva,
Navegando superficialmente,
À espera de um tempo que não volta mais.