21 de fevereiro de 2018

Ébria

Andei ébria
Chorando dias escuros
Fiz-me gritos histéricosInstáveis  juras levianasMinha nudez ostenta  paixãoQuerendo roubar sentimentosTornei-me uma vilã 

(Claudeth)

Vazios


Eu sou um dilúvio a perder de vista 
Uma estrada de curvas acentuadas sem rumo 
Sou meio copo cheio 
Sou uma taça vazia
Sou meu vinho de cada dia


Sou um grito, sou de histeria
Ando na sombra, sou a ousadia


Eu sou um dilema a discutir
uma ideia a surgir
no meio do nada, 
Não venha me seguir

Sou meu próprio medo
embrulhados nos meus segredos, 
nos muros rebocados, sou minhas lamentações
nas vias


Sou recaída, na dança sou pista
Embriagada , envenenada, 
aos poucos, meu remédio, é a fórmula da felicidade

Sou meu próprio ritual
meu livro de cabeceira
minha história sem fronteira
em dia de tempestade
choro por vontade


Sou sim, uma lanterna queimada
meio vida, meio apagada
Sou terreno abandonado
invadido, corrompido, sou minha própria casa


Sou só, sou solidão, sou meus botões solitários
dentro do meu armário, guardo segredos de ti

Sou coração vagando
de porta em porta
e de volta pra mim
Nessa meia lua, sou pássaro a voar
sem ninho para pousar
não fico só por ficar
(Claudeth)



Fiz de mim


Fiz de mim promessas sem fim, rampa de altos e baixos, meu próprio encalço, meus tropeços, minhas quedas e decadência.

Fiz de mim, máquina de sonhar, meu indefinido caminhar, nas longas ruas, descalça em solo, a me queimar.

Fiz de mim, o alvorada, o sol a crepitar, nas chamas dos olhos, a guiar sem olhar.

Fiz de mim um eu questionador, um vestígio de construção, a alma inquieta, voando sem direção.

Fiz de mim meu chalé , meu aconchego, meu doce café, para cada manhã que me vejo de pé.

Fiz de mim um poço, o meu repouso diário, o lar que me acolheu, fui meu próprio mural.

Fiz de mim ponte, travessia, meu regresso, minha estadia.

Fiz de mim corpo em febre, vozes do infinito, meu eco..meu próprio grito.

Fiz de mim fogo e água, matando a sede na seca da garganta, algo que espanta,  e a solidão do mar me encanta.

(Claudeth)




Meu castelo


Meu castelo invisível
Sempre que estou triste, vejo as luzes diferentes, vejo o mundo incoerente, e vejo as pessoas tão indiferentes.
Sempre que me perco, vejo cores alegres, vejo o céu mais azul e as escadarias da perdição, me atraem  como imã, como flecha a me acertar, vou em qualquer lugar.
Toda vez que eu chorar, saberei esperar a felicidade voltar, terei paciência para recomeçar, antes mesmo de desistir, vou insistir, e vê no que vai dar.

A brisa vira tempestade, sempre que me busco entre o crepúsculo , no escuro do abismo, eu me encontro em perigo, mas não quero voltar.

Fora de mim, de longe me vejo, atravesso minhas desilusões, meus medos e minhas inseguranças, e me apoio na esperança, do bem vencer o mal.

Sempre que choro, mato minha angústia, ressurjo entre as pedras, machucada mas em fase de remendo, e a cura para dor, é um remédio chamado amor.

Olho o tempo, olho as horas, e o dia sei que vai embora, vou-me solitária, não sigo ninguém e não quero ser seguida, pra onde vou...não sei se vou chegar, mas um caminho entre os moinhos, é lá..que eu vou estar.

Claudeth

Noite da Poesia

Noite da Poesia

O dia termina e bem longe na solidão das montanhas, onde tudo se acalma, ouvem-se o uivar dos lobos, em busca de suas presas, tão famintos e ferozes.
O céu resolveu se pintar de cores diante do crepúsculo.
O oceano tão poderoso se rendeu à sua majestosa senhora do mar.
Enquanto as luzes no horizonte iluminam o amor dos eternos amantes.
As portas das barracas se fecharam e os gritos de folia se calaram.
E eu, tão areia do mar, deixei a avenida vazia. E do Carnaval, eu me despedia. Era hora de voltar. (Claudeth) fevereiro de 2018.



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