Eu sou um dilúvio a perder de vista
Uma estrada de curvas acentuadas sem rumo
Sou meio copo cheio
Sou uma taça vazia
Sou meu vinho de cada dia
Sou um grito, sou de histeria
Ando na sombra, sou a ousadia
Eu sou um dilema a discutir
uma ideia a surgir
no meio do nada,
Não venha me seguir
Sou meu próprio medo
embrulhados nos meus segredos,
nos muros rebocados, sou minhas lamentações
nas vias
Sou recaída, na dança sou pista
Embriagada , envenenada,
aos poucos, meu remédio, é a fórmula da felicidade
Sou meu próprio ritual
meu livro de cabeceira
minha história sem fronteira
em dia de tempestade
choro por vontade
Sou sim, uma lanterna queimada
meio vida, meio apagada
Sou terreno abandonado
invadido, corrompido, sou minha própria casa
Sou só, sou solidão, sou meus botões solitários
dentro do meu armário, guardo segredos de ti
Sou coração vagando
de porta em porta
e de volta pra mim
Nessa meia lua, sou pássaro a voar
sem ninho para pousar
não fico só por ficar
(Claudeth)
Nenhum comentário:
Postar um comentário