21 de fevereiro de 2018

Vazios


Eu sou um dilúvio a perder de vista 
Uma estrada de curvas acentuadas sem rumo 
Sou meio copo cheio 
Sou uma taça vazia
Sou meu vinho de cada dia


Sou um grito, sou de histeria
Ando na sombra, sou a ousadia


Eu sou um dilema a discutir
uma ideia a surgir
no meio do nada, 
Não venha me seguir

Sou meu próprio medo
embrulhados nos meus segredos, 
nos muros rebocados, sou minhas lamentações
nas vias


Sou recaída, na dança sou pista
Embriagada , envenenada, 
aos poucos, meu remédio, é a fórmula da felicidade

Sou meu próprio ritual
meu livro de cabeceira
minha história sem fronteira
em dia de tempestade
choro por vontade


Sou sim, uma lanterna queimada
meio vida, meio apagada
Sou terreno abandonado
invadido, corrompido, sou minha própria casa


Sou só, sou solidão, sou meus botões solitários
dentro do meu armário, guardo segredos de ti

Sou coração vagando
de porta em porta
e de volta pra mim
Nessa meia lua, sou pássaro a voar
sem ninho para pousar
não fico só por ficar
(Claudeth)



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Atualizações do Instagram

Topo