Não guardo mais a alma em lugar seguro, trancada em sete chaves, dentro de uma torre à espera que um herói venha salva-la.
Me desabriguei dos céus, ao léu, sem roupas, descalça, toquei o chão da terra e vivi no orvalho da noite.
Perdida nas minhas incertezas. Deixei que o inferno me guiasse.
Soltei-me das algemas invisíveis; Amar é uma liberdade, que invade, ora tempestade, ora veraneio, e a paixão parece tinta fresca, com alto teor de êxtase, é uma embriaguez, sem álcool.
Nesse tempo incoerente, de distâncias desequilibradas, perdido em sua hora, o psique se torna réu de si mesmo perante o juízo final.
E quando o dia passar, ele saberá que em algum lugar uma linda flor brotou e perfurou um coração aprisionado no subsolo, preso às suas brutas raízes.
(Claudeth, em 27/11/2018)
Em épocas difíceis, o meu eu foi condenado, por ter se permitido voar. (Claudeth)
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