Que sopram os ouvidos
Fazem a fama
Dos desentendidos
Vozes vorazes
Que contam segredos
Sem parar
Deixam a terra
Soluçar
Vozes vorazes
Quando não ouvidas
Viram gritos
Se tornam vícios
Exclamam
Reclamam
Suplicam
O som do próprio grito
Eu mudo de rua
Fico muda
Sem palpites
Entro nua
Saio falada
Só os versos
Perdidos
Podem acordar
Um gemido adormecido
Claudeth S. Oliveira
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