27 de janeiro de 2017

Segunda feira – um dia que não quis calar.
(09 de novembro-2015)
No silêncio barulhento da minha mente, corro de um lado para o outro, não consigo ficar quieta, sou louca, impulsiva.
Ao mesmo tempo que estou em um lugar, não consigo ficar por muito tempo, meus anseios e ansiedade me fazem chegar e partir sem dizer adeus.
Tenho um coração que precisa de férias, tenho  um guarda roupa cheio de coisas que não uso. Preciso esvaziar, me esvaziar de mim mesma. Me sentir leve..
Sou passageira, não carrego malas, não planejo volta, somente idas.
Não sei a que grupo pertenço, não sei onde me encaixo.
Não suporto  viver de panelinha, não caibo no meio e nem no fim..
Não entendo o que quero,
Não sei para onde estou indo.
A tarde está se indo, uma falsa tranquilidade de apossa do meu corpo e da minha alma.
Preciso pensar...
Talvez agir. ..
Porque não consigo ficar quieta,
Porque minha mente é tensa e meu corpo não age.
Porque nunca sabemos onde fica o inicio e o fim do mundo..
Porque me sinto uma nuvem no meio do céu. Vagando.
Porque somos assim! (Claudeth)
Já é quarta feira, o sol queima lá fora e aqui dentro um gelo nos meus dedos que mal consigo digitar este texto.
Hoje estou no mundo da lua, ou em marte talvez. Gostaria de ir para jupter, ou atravessar o horizonte ou simplesmente ficar aqui mesmo, em qualquer lugar, desde que seja quietinha por alguns minutos.
Quem diria que uma dia eu iria sentir saudades de ouvir as músicas que meu pai ouvia quando eu era criança.
As vezes me pego cantando e lembrando desses momentos mágicos que nunca soube dar o seu verdadeiro valor.
Dói em pensar que isso jamais vai se repetir um dia.
Dói lembrar que o que passou, não volta mais, esse tempo já foi, agora é seguir em frente.
O mundo é enorme, existem vários lugares para irmos, mas tem momentos que somente um lugar serve, o colo da mãe, a casa, o cheiro da comida, o carinho da família, o amor, sentimento mais forte que esse não existe,  isso sim, alivia qualquer dor, qualquer sentimento triste, qualquer melancolia, qualquer tristeza vai embora.
Sinto-me um passarinho sem ninho, um avião perdido sem saber onde pousar, sinto-me uma flor no meio do caminho sendo atropelada por um quilo de pedras.
Por onde eu for, sei que levarei todas as lembranças, todo meu passado, toda minha vida.

Vida breve, vida louca..

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