14 de julho de 2019
A arte de morrer na praia
Escrito por
clausinha
Choramos o leite derramado
Como se isso fosse trazer de volta
O que ficou no passado
A conselhamos aos outros aquilo que não fazemos a nos mesmos
Deixamos as luzes acesas a noite
Por medo de nossos próprios fantasmas
Paridos e criados pela nossa consciência
Não sabemos mais conversar olhando nos olhos
Estamos esquecendo como ser solidários e o respeito ao próximo
A dor do outro parece não incomodar
Estamos nos tornando vítimas do nosso próprio ego, da nossa própria ambição, do nosso egoismo. Afinal estamos perdendo a razão.
Já não sabemos mais lhe dar com os sentimentos, com as diferenças, com os sins e com os nãos, que por diversas vezes, é o que o mundo nos oferece.
As coisas simples não fazem mais sucesso.
Estamos no estagio avançado de intolerância gratuita, das ofensas sem precedência.
Estamos mais uma vez diante do massacre da vida humana, do retrocesso da sabedoria, e do aumento da ignorância.
Desde os primórdios dos tempos, não aprendemos com o passado.
Estamos enxugando gelo, nadando no raso, e sem equilíbrio, acabamos narcisando, e morrendo na praia.
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