12 de setembro de 2019

Pueril




Ela é tão pueril
Se joga na cama de pijama
Pula no sofá da sala
joga almofadas no chão
Se diverte como uma obrigação


Ela  ler Edgar Poe
Quando as janelas se abrem
Depois que o  mundo lá fora
Adormece e silencia
 
Brinca de ser mulher
Raspa a sobranceira
Se toca no chuveiro
Pra sentir na pele
O gosto da água
No seu corpo


Não a olhe torto
Com esse seu jeito maroto
Ela só esconde o que ela quer
O que não quer / ela mostra

Ela não tem controle sobre nada
Sabe que gosta de ser amada
Os sentimentos são como estradas
Nunca param no lugar


Agora ela dorme
De camisola pelo avesso
Não pergunte se ela o ama
Mas  dê o que ela almeja
O teu mais molhado beijo


Claudeth S Oliveira










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