Pela janela do fim de tarde
O mundo parece dormir
Frágil sem norte
Como se a qualquer momento
Fosse ruir
Na tarde morta
Na penumbra
Tenho medo que o silêncio
Habite nas palavras
E cale o descontente
A tarde caótica
No abismo do deserto
Onde o medo de ter medo
é o vilão e o perverso
A vida se torna
Cada vez mais rara
Mais distante
Onde se pode amar
Apenas a saudade
A janela do fim de tarde
É a vista do fim do mundo
Onde todo mundo carrega pra si
um segredo
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