Em uma noite sem dormir,
perambulo pela noite silenciosa,
vazia, vaga, solitária,
como a rosa no vaso,
rachado, úmido, nu.
Ainda vou parar de respirar você,
deixar os jogos de azar,
vou me prescrever
abstinência, exílio.
Parar de beber chá e voltar a me embriagar
de vinho.
E entre as ruínas,
entre os fantasmas,
entre as abstinências,
entre as loucuras que me cercam,
acenderei uma lamparina no deserto,
à espera de um novo golpe
que seja mais forte
e me ensine a golpear
o amor.
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