Descobrindo a si mesma

Lembro quando me deixava ali no canto da parede sempre a pensar no que estava fazendo aqui, e porque, sempre questionei a existência humana, as consequências dos atos e os não atos, todos acabavam tendo consequências independentemente de agir ou não, tudo gerava um ato, um parto.

Deixei-me a pensar, no calor das emoções porque sempre nos exaltamos e falamos tudo que vem pela mente, seriam apenas desabafos inocentes ou palavras cruzadas que já manipulavam insistentemente, esperando apenas um motivo para serem vomitadas.

Sempre gostei de ficar ali no canto, observando as atitudes das pessoas, seus sorrisos, tristezas, invejas, carmas, e etc.

Nunca soube porque uns tem mais sorte que outros, uns são mais felizes que outros, e uns são mais ricos que outros.

Já ouvi dizer que o mundo acabou em 2012 e que nós que estamos aqui na terra,  estamos sendo testados, manipulados, que isso é um jogo, onde nem todos saem vencedores. Onde cada um por si, esquecidos e tentando sobreviver a qualquer custo.

Quando estou em silêncio, é o momento em que estou conversando mais, pensando mais,  elaborando um plano, arquitetando, na esperança de descobrir o verdadeiro motivo de estarmos aqui.
Será que estamos a passeio?
Temos alguma missão?
Não sei, ainda não descobri e talvez eu não encontre sentido na vida porque não concordo como ela é guiada, governada, como as pessoas que nascem livres são aprisionadas por outras pessoas da mesma espécie, não encontro sentido em escravizar os negros porque são de cor diferente, não faz sentido, nada faz sentido.

Não entendo porque tenho crises aleatórias, falta de ar, que parece que a garganta se entope e uma secura na boca me impede de engolir a própria saliva.

Somos mesmo estranhos, nossa mente é confusa, guardamos no nosso subconsciente coisas do passado, coisas que nem lembramos porque está ali ainda guardado, como se fosse um baú de coisas antigas que não sabemos como os livrarmos daquilo que nos persegue até a morte.

Ainda não sei como sair de um caminho que eu mesma escolhi, se os atalhos que pego, dão no mesmo lugar, se quando tento fugir, é como se fugisse de mim, mas não quero me perder assim, antes de me conhecer verdadeiramente, se quando me perco, me afasto de mim.

Não sei quem sou, essa é uma busca eterna, e enquanto essa descoberta não chega, vamos entrando em terreno desconhecido, que é nossa própria vida em torno de um mundo mal que não aprendeu a principal lição deixada por Jesus, que é viver no amor e na paz.

(Claudeth em 09 de julho de 2019)